Putin e Lukashenko abordam relações bilaterais em conferência de imprensa

O presidente russo, Vladimir Putin, deu uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (13) após uma reunião com seu homólogo bielorrusso, Alexander Lukashenko, que veio a Moscou em uma visita oficial.

Proposta para cessar os combates

A Rússia concorda com a proposta de cessar os combates, mas essa deve ser uma paz de longo prazo e as causas fundamentais da crise ucraniana devem ser resolvidas, enfatizou Putin.

Lukashenko: 'Os americanos não têm nenhum plano para o conflito na Ucrânia'

"Concordamos com as propostas de cessar os combates desde que isso nos garanta uma paz de longo prazo e erradique as causas da crise inicial", manifestou o presidente russo.

Situação na província de Kursk

O presidente disse que as Forças Armadas russas têm o total controle da situação na província de Kursk e que as tropas ucranianas restantes no território estão completamente isoladas e dominadas sob o poder de fogo da Rússia.

Putin afirmou ainda que, há alguns dias, as forças de Kiev tiveram a chance de fugir de volta para a Ucrânia, mas agora não têm mais essa possibilidade.

Economia

A Rússia investiu cerca de 4,5 bilhões do dólares na economia de Belarus, afirmou Putin. Ele disse ainda que mais de duas mil empresas russas operam no país vizinho implementando projetos conjuntos de substituição de importações e a criação de produtos competitivos em diversos setores, inclusive os de importância estratégica.

Quanto às sanções impostas pelo Ocidente contra a Rússia, elas tiveram um impacto positivo na economia do país, acrescentou Putin. "Quanto à substituição de importações e tudo relacionado a isso, com as restrições ilegais, que são chamadas de sanções, em primeiro lugar, nossos chamados parceiros nos forneceram uma boa oportunidade de independência e soberania", disse ele.

Segurança mútua

Referindo-se ao tratado de segurança mútua entre a Rússia e Belarus assinado momentos antes da coletiva de imprensa, Putin especificou que o pacto entra em vigor imediatamente após sua assinatura.

Rússia denuncia 'obsessão' de Macron e da 'Führer Ursula' por guerra

Ambos os líderes expressaram que as ações da OTAN no contexto da crise ucraniana representam uma atitude hostil e desestabilizadora.

Na quarta-feira (12), em uma reunião com comandantes militares em um ponto de controle do exército em Kursk, o presidente russo Vladimir Putin declarou que a principal tarefa da Rússia é "derrotar o inimigo entrincheirado" na província russa "o mais rápido possível".

• Na terça-feira (11), a Ucrânia expressou sua disposição de aceitar a proposta dos EUA de um cessar-fogo temporário de 30 dias com a Rússia, que poderia ser estendido por um acordo mútuo das partes no conflito, segundo a declaração emitida após a reunião entre as delegações de Kiev e Washington na Arábia Saudita.
• Posteriormente, o presidente dos EUA, Donald Trump, expressou a esperança de que Vladimir Putin concorde com um acordo de cessar-fogo. 
• No entanto, na quarta-feira (12), o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, enfatizou que Moscou não quer se antecipar em relação à possibilidade de um acordo de trégua, pois está esperando receber todas as informações necessárias de Washington primeiro.

Mais informações em breve.