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EUA estão sofrendo com supremacia da China no setor naval, sugere estudo americano
O domínio da China na produção naval em comparação com os EUA é também evidenciado pelas discrepâncias significativas nos volumes de produção.
Em meio às aspirações protecionistas de Trump, o potencial crescente da China no setor da construção naval representa uma ameaça às posições dos EUA neste campo de importância estratégica, aponta um estudo recente do instituto de pesquisa interdisciplinar Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS).
No estudo, os especialistas apelam para que as autoridades norte-americanas ajam rapidamente para "enfrentar as ameaças econômicas e de segurança nacional representadas pelo setor de construção naval da China".
Avanços da China
Segundo o levantamento, o gigante asiático está avançando tanto na construção de navios comerciais como no setor militar, impulsionando o crescimento e a modernização da marinha chinesa.
Outro fator que impulsiona a construção naval da China são as empresas estrangeiras que compram navios fabricados no país e compartilham tecnologias de dupla utilização (bens com potencial de uso tanto civil quanto militar) com os estaleiros chineses, acrescenta o CSIS.
Em janeiro, o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China informou que o país continua sendo o líder global em construção naval com mais da metade da frota mundial sendo produzida pelo gigante asiático.
Discrepâncias e medos
Segundo a Bloomberg, a participação da China no mercado de construção de navios cresceu de menos de 5% do volume em tonelagem global em 1999 para mais de 50% em 2023, sendo que o país asiático também controla 95% da fabricação mundial de contêineres de transporte.
A diferença entre os volumes de produção dos EUA e da China é absolutamente abissal: os norte-americanos ocupam o 19º lugar no ranking mundial de construção naval com menos de cinco embarcações fabricadas anualmente frente aos 1.700 navios construídos todo ano pela China, avaliou o relatório.
Em meio às preocupações crescentes com o domínio da China no setor que os EUA enxergam como "fundamental para proteger segurança nacional e econômica", a Casa Branca planeja adotar novas tarifas sobre importações transportadas por navios construídos na China.
O estudo do CSIS aponta que, para que este objetivo seja alcançado no longo prazo, os EUA devem priorizar as tecnologias emergentes e buscar "medidas específicas em vez de proibições gerais".
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