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China adota controles rígidos sobre exportações de drogas semelhantes ao fentanil

A Administração Nacional de Produtos Médicos assegurou que o país nunca exportou medicamentos relacionados ao fentanil para a América do Norte.
China adota controles rígidos sobre exportações de drogas semelhantes ao fentanil

A China nunca exportou medicamentos relacionados ao fentanil para a América do Norte, afirmou a Administração Nacional de Produtos Médicos (NMPA), o principal órgão regulador de medicamentos do país, na quarta-feira (12), enfatizando que implementou controles rigorosos sobre a produção, venda e exportação de medicamentos análogos.

"A produção e a operação são realizadas em locais específicos. A produção é orientada pela demanda e as vendas são feitas por meio de canais fixos sujeitos à emissão de licenças", diz um comunicado da agência.

As autoridades explicaram também que, no caso das exportações, antes de emitir a respectiva licença, a legalidade de cada remessa é verificada e confirmada.

A NMPA assegurou também que são realizadas inspeções regulares e especiais sem aviso prévio a fim de "regular efetivamente a ordem de produção e operação".

Atualmente, quatro desses medicamentos foram aprovados para comercialização no país: fentanil, sufentanil, remifentanil e alfentanil.

A NMPA também detalhou que apenas três empresas estão autorizadas a produzir matérias-primas e cinco a produzir os medicamentos preparados.

"Não foi detectada nenhuma produção ou operação ilegal de fentanil por empresas farmacêuticas, tampouco foi detectado seu trânsito para canais ilegais a partir dessas empresas", enfatizou.

No ano passado, a China produziu 100 quilos de matérias-primas farmacêuticas de fentanil para uso médico doméstico e para exportação, principalmente para a Coreia do Sul, Vietnã, Filipinas, entre outros.

"Até o momento, nunca exportamos drogas relacionadas ao fentanil para a América do Norte", destacaram as autoridades.

Acusações de Trump

Desde o início do seu segundo mandato, o presidente norte-americano, Donald Trump, vem promovendo um aumento de tarifas que já alcançaram a cifra de 20% contra produtos chineses.

Ao se dirigir ao Congresso no início de março, Trump justificou as medidas citando os déficits comerciais e o suposto tráfico de fentanil produzido na China para os EUA.

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