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Macron: França não planeja enviar tropas para a Ucrânia em um futuro próximo

Presidente francês observou que a principal discussão em andamento é sobre "o que pode ser feito para apoiar a Ucrânia, especialmente no território ucraniano".
Macron: França não planeja enviar tropas para a Ucrânia em um futuro próximoGettyimages.ru / Christian Liewig - Corbis/Corbis

O presidente francês, Emmanuel Macron, em entrevista ao portal de notícias tcheco Novinky e ao jornal Pravo, comentou sobre as discussões sobre o possível envio de tropas para a Ucrânia, indicando que seu país não planeja fazer isso em um futuro próximo.

Na semana passada, Macron sugeriu a possibilidade de as tropas ocidentais serem enviadas à Ucrânia.

"Em resposta a uma pergunta que me fizeram sobre o envio de tropas, eu disse que nada está descartado", lembrou o mandatário, falando sobre a reunião da semana passada dos líderes da União Europeia (UE) em Paris. No entanto, acrescentou: "Isso não significa que estamos pensando em enviar tropas francesas para a Ucrânia em um futuro próximo, mas estamos abrindo um debate e pensando em tudo o que pode ser feito para apoiar a Ucrânia, especialmente em território ucraniano". 

Segundo Macron, na reunião na capital francesa, os países europeus concordaram em promover assistência ao regime de Kiev em segurança cibernética, operações de desminagem e apoio na fronteira da Ucrânia com Belarus. Ao mesmo tempo, as nações da UE estão discutindo a produção conjunta de equipamentos militares na Ucrânia e querem fortalecer a segurança de países que acreditam estar ameaçados pela Rússia, como a Moldávia.

"Além disso, sempre fui claro quanto ao nosso quadro: não estamos em guerra com o povo russo e nos recusamos a entrar na lógica da escalada", ressaltou Macron em relação à possível introdução de tropas que, segundo o Kremlin, significaria um conflito direto entre a Rússia e a OTAN.

Na semana passada, durante a cúpula especial sobre o conflito ucraniano, que contou com a participação de cerca de 20 países, o presidente francês disse em uma coletiva de imprensa: "Não há consenso hoje para enviar tropas para o terreno de forma oficial, assumida e endossada". "Mas, em termos dinâmicos, nada deve ser descartado", disse. Tal iniciativa já foi descartada pela Alemanha, Reino Unido, Espanha, Itália, Suécia e Canadá, entre outros.