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'Faça o que diabos quiser': presidente do Irã descarta negociações com Trump
Anteriormente, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei também rejeitou o apelo intimidador dos Estados Unidos para negociações.
O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, afirmou que não negociará com os Estados Unidos enquanto for alvo de ameaças de Donald Trump, informou a imprensa iraniana na terça-feira (11).
"Quando você me ameaça, eu não quero negociar com você. Faça o que diabos quiser", declarou Pezeshkian, segundo veículos locais.
Anteriormente, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, também rechaçou a pressão dos Estados Unidos por negociações, afirmando que "governos agressores" ocidentais utilizam as tratativas nucleares para impor domínio e não para solucionar problemas.
Pressão de Trump
As declarações iranianas ocorrem após Trump sugerir que os Estados Unidos poderiam recorrer à força contra a República Islâmica.
Em entrevista à Fox Business exibida na sexta-feira (7), Trump afirmou que "há duas maneiras de lidar com o Irã: militarmente ou fazendo um acordo".
Trump expressou repetidamente seu desejo de assinar um acordo com Teerã que o impediria de desenvolver armas nucleares. Ele também disse que havia enviado uma carta aos líderes iranianos para tentar negociar.
Em resposta, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, declarou que Teerã não retomará as negociações com Washington enquanto o presidente dos EUA mantiver sua política de "pressão máxima".
Acordo nuclear fracassado
O Plano de Ação Conjunto Abrangente (JCPoA) foi firmado em 2015 entre o Irã, o Grupo 5+1 (Reino Unido, China, França, Rússia, EUA e Alemanha) e a União Europeia, impondo limites ao programa nuclear iraniano em troca do alívio de sanções.
Três anos depois, Trump retirou os Estados Unidos do acordo e restabeleceu sanções econômicas contra o Irã. Desde então, um novo entendimento não foi alcançado, com ambos os lados se acusando de descumprir o plano original.
ENTENDA O PROGRAMA NUCLEAR DO IRÃ LENDO NOSSO ARTIGO.