A Ucrânia expressou sua disposição de aceitar a proposta dos EUA de introduzir um cessar-fogo temporário de 30 dias com a Rússia, de acordo com o comunicado emitido como resultado da reunião entre as delegações de Kiev e Washington em Jeddah, na Arábia Saudita, nesta terça-feira (11).
De acordo com o documento final elaborado após mais de oito horas de negociações, Washington manifestou sua disposição em retomar o "compartilhamento de informações" e "a assistência de segurança à Ucrânia".
As delegações também concordaram em nomear suas equipes de negociação e iniciar diálogos imediatamente para alcançar uma paz duradoura no conflito. Enquanto Washington se comprometeu a discutir essas propostas com os representantes russos, o lado ucraniano reiterou que os países europeus deveriam estar envolvidos no processo.
Os oficiais de ambos os países também concordaram em concluir, o quanto antes, um acordo voltado ao desenvolvimento dos recursos minerais essenciais da Ucrânia, sob a justificativa de impulsionar a economia do país e compensar os gastos em assistência norte-americana.
Rubio disse que a Ucrânia e os EUA haviam dado um passo positivo nas negociações, acrescentando que Washington agora planeja apresentar o acordo à Rússia, já que agora, "a bola está no campo deles".
"Nós apresentaremos a oferta. Diremos a eles que é isso que está na mesa", acrescentou Rubio. "Espero que eles digam sim. Se aceitarem, acho que teremos feito muito progresso", disse ele.
O que Putin pensa de um cessar-fogo?
Repetidas vezes, o presidente russo, Vladimir Putin, descartou a possibilidade de firmar um cessar-fogo temporário, observando a necessidade de ''eliminar as causas fundamentais da crise''. No início de 2025, afirmou:
''Gostaria de enfatizar mais uma vez que seu objetivo não deve ser uma breve trégua, nem algum tipo de trégua para o reagrupamento de forças e rearmamento a fim de continuar o conflito, mas uma paz de longo prazo com base no respeito aos interesses legítimos de todas as pessoas, de todos os povos que vivem nessa região.
Já em dezembro de 2024, o presidente alertou que uma pausa prolongada nos combates permitiria que o lado ucraniano utilizasse esse período para treinar e preparar os soldados de seu Exército.