
Trump recua e mantém tarifa de 25% sobre metais canadenses após negociações

Após ameaçar dobrar as tarifas sobre o aço e o alumínio canadense para 50%, o presidente dos EUA, Donald Trump, recuou e decidiu manter a tarifa em 25% após intensas negociações com o governo canadense, informou a imprensa.
A disputa comercial se intensificou depois que a província canadense de Ontário impôs uma tarifa de 25% sobre a eletricidade exportada para os Estados Unidos, o que levou Trump a anunciar retaliações tarifárias.

Em uma publicação em sua rede Truth Social, Trump declarou que pressionou o secretário de comércio a aplicar uma tarifa adicional, além de exigir que o Canadá eliminasse imediatamente as tarifas sobre produtos lácteos americanos, classificadas como "ultrajantes".
Ele também ameaçou impor novas tarifas à indústria automobilística canadense a partir de abril, alegando que isso levaria ao fechamento de fábricas no país.
A resposta do governo canadense foi dura. O primeiro-ministro Mark Carney criticou as ações de Trump, classificando-as como "um ataque direto aos trabalhadores, famílias e empresas canadenses". Carney afirmou que o Canadá manteria tarifas retaliatórias até que os EUA demonstrassem compromisso com um comércio justo.
No entanto, após horas de negociações, houve um recuo de ambos os lados. O primeiro-ministro de Ontário, Doug Ford, anunciou a suspensão da tarifa sobre a eletricidade exportada para os EUA, buscando amenizar o conflito. Pouco depois, Trump afirmou que “provavelmente” reconsideraria o aumento das tarifas sobre os metais canadenses, optando por mantê-las no patamar de 25%.
Mesmo após o acordo, Trump intensificou suas críticas ao Canadá, alegando – sem apresentar provas – que o país teria recebido um subsídio de US$ 200 bilhões dos EUA devido a um suposto desequilíbrio comercial. Além disso, acusou o governo canadense de não investir o suficiente na defesa e de não conter com firmeza o tráfico de fentanil.
O porta-voz da Casa Branca, Kush Desai, comemorou o resultado como uma vitória americana. “Mais uma vez, o presidente utilizou a força da economia dos EUA para garantir um resultado favorável ao povo americano”, declarou.
As novas medidas marcam mais um capítulo da turbulenta política comercial de Trump, em um momento de queda dos mercados financeiros e preocupações sobre uma possível recessão nos Estados Unidos.