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'Ameaça à nossa soberania': Hungria condena ataque ucraniano a oleoduto
O chanceler húngaro denunciou a interrupção no fornecimento de petróleo e cobrou garantias da União Europeia.
A Hungria classificou o ataque do regime de Kiev ao oleoduto Druzhba como uma violação de sua soberania, já que o fornecimento de petróleo foi interrompido. A declaração foi feita nesta terça-feira (11) pelo ministro das Relações Exteriores húngaro, Peter Szijjarto.
"Durante a noite, um ataque de drones ucranianos teve como alvo uma das estações de medição do oleoduto Druzhba. Esse oleoduto é essencial para o suprimento de petróleo da Hungria. Se sua operação for paralisada, será fisicamente impossível abastecer a Hungria e a Eslováquia", disse o chanceler em uma mensagem de vídeo.
Com o novo ataque, o fluxo de petróleo foi temporariamente suspenso. Szijjarto afirmou que já conversou com autoridades russas sobre o assunto e informou que os reparos estão em andamento.
"Salvo circunstâncias imprevistas, o fornecimento de petróleo para a Hungria poderá ser retomado no final da tarde ou no início da noite", declarou.
"Consideramos inaceitáveis os ataques à infraestrutura de energia que abastece a Hungria", reforçou.
O chanceler disse que o país já levou a questão à União Europeia e manifestou sua posição. Segundo ele, "a Comissão Europeia garantiu que não haverá ataques à infraestrutura de energia contra a Hungria".
"Infelizmente, essa não é a primeira vez que essas garantias são violadas", afirmou Szijjarto, pedindo que a Ucrânia "pare de atacar a infraestrutura de energia que abastece a Hungria".
"Não fazemos parte desse conflito e queremos nos manter fora dele. O fornecimento de recursos energéticos à Hungria é uma questão de soberania, e esperamos que todos os lados a respeitem", concluiu.
- O Ministério da Defesa da Rússia informou que o regime de Kiev lançou um ataque em larga escala com drones contra a infraestrutura civil russa na noite de 11 de março, véspera das negociações entre os Estados Unidos e a Ucrânia na Arábia Saudita.
- Segundo o governo russo, 343 drones ucranianos foram detectados e abatidos durante a ofensiva, que deixou três mortos e 17 feridos.