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Sob a mira de Trump, Groenlândia vai às urnas hoje
A eleição pode definir rumos da autonomia da ilha em meio a pressões externas e disputa por recursos minerais.
A Groenlândia realiza eleições parlamentares nesta terça-feira (11) sob a sombra do interesse do presidente dos EUA, Donald Trump, em anexar a ilha, como informa a agência AP.
O território autônomo dinamarquês, rico em minerais raros e estrategicamente localizado, busca há anos consolidar sua independência. O temor de maior influência americana tem levado líderes locais a defender uma aproximação com a Europa.
Pipaluk Lynge, do partido governista Inuit Ataqatigiit, afirmou que a atenção de Trump tem assustado a população. Para ela, fortalecer laços com a União Europeia pode ser essencial para garantir a soberania. Embora mantenham boas relações com os militares americanos, de acordo com o político, os groenlandeses rejeitam qualquer ideia de se tornarem parte dos EUA.
O interesse de Trump transformou a eleição local em um evento global. Jornalistas de diversos países cobrem o pleito, o que tem surpreendido os moradores. O primeiro-ministro Mute Bourup Egede foi recebido por apoiadores em Nuuk, mas o número de fotógrafos quase superava o de eleitores.
A Groenlândia ainda enfrenta desafios internos, como a formação de mão de obra qualificada e o uso sustentável de seus recursos naturais. Apesar do potencial econômico dos minerais raros, as rigorosas regras ambientais do governo limitam a exploração.
Enquanto o mundo observa a disputa política na ilha, os groenlandeses tentam equilibrar progresso econômico e preservação, sem abrir mão de sua autonomia.
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