Ao ser perguntado se Moscou pode considerar o presidente americano Donald Trump como um "pacificador" em um possível processo de negociação entre a Rússia e a Ucrânia, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou em entrevista nesta segunda-feira (10) que ainda "é muito cedo" para tirar qualquer conclusão definitiva.
Ao mesmo tempo, o chanceler classificou as declarações dos representantes do governo Trump como "animadoras", pois o presidente "admitiu que uma das causas fundamentais do conflito foi a expansão da OTAN".
"Nas Nações Unidas, pela primeira vez em três anos, os diplomatas americanos votaram junto com a Rússia e nossos associados contra a odiosa resolução da Assembleia Geral promovida por Kiev e seus patronos da União Europeia", afirmou, enfatizando que todos esses passos caminham na "direção correta".
"Nós apreciamos, mas repito: seria prematuro tirar qualquer conclusão profunda com base nisso. De modo geral, ainda nem começamos a trabalhar para superar os problemas e as discordâncias acumuladas em nossas relações com os americanos", concluiu.
Lavrov reafirmou mais uma vez que a Rússia está "sempre pronta" para negociações, acrescentando que os interesses nacionais do país "devem ser garantidos" e que as causas fundamentais do conflito "devem ser erradicadas".