Cafeterias chinesas tomam medidas após alta do café no Brasil

Pequenos estabelecimentos independentes podem buscar grãos mais baratos para diminuir o custo.

Grandes e pequenas cafeterias da China estão buscando medidas para enfrentar a alta no preço do café brasileiro, informou recentemente a Agência Brasil China.

De acordo com o veículo, as grandes redes não estão sendo muito afetadas pela alta. É o caso da principal cadeia do setor, a Luckin Coffee, com 16 mil lojas no gigante asiático.

O CEO da empresa, Guo Jinyi, manifestou em uma conferência de resultados financeiros que o aumento trouxe certa pressão na empresa em termos de custo, mas que a escala e a eficiência da empresa podem cobrir o impacto até certo ponto. Ele garantiu que o preço de seus produtos devem permanecer estáveis.

''As flutuações do preço do café brasileiro têm impacto limitado no mercado chinês. Nas diversas cafeteiras em Beijing, Shanghai e Guangzhou, metrópoles chinesas, no geral os preços do café se mantiveram estáveis, sem aumentos expressivos'', afirma o portal.

O verdadeiro impacto é sentido em estabelecimentos menores, que não podem repassar o aumento aos consumidores.

''Algumas lojas estão consumindo o estoque e observando as ações das grandes redes e outras estão procurando medidas para diminuir os custos. Segundo o dono de uma loja de cafeteira ONEWAY COFFEE na cidade de Xiamen, no sul da China, pode se procurar grãos mais baratos para diminuir o custo'', explica a agência.

Zhu Danpeng, analista da indústria de alimentos, prevê que a situação pode levar a um fortalecimento do mercado interno de grãos de café chineses, reduzindo a dependência em mercadorias externas.