
'Europa é uma ditadura', afirma ex-candidato perseguido na Romênia

Calin Georgescu condenou fortamente a decisão das autoridades eleitorais da Romênia de negar o registro de sua candidatura para as novas eleições presidenciais em maio.
"A Europa agora é uma ditadura, a Romênia está sob tirania", escreveu o político em sua conta no X.
Georgescu chamou ainda a decisão de "golpe direto" contra a democracia mundial. "Tenho mais uma mensagem! Se a democracia na Romênia cair, todo o mundo democrático cairá! Esse é apenas o começo", destacou.
O anúncio da proibição provocou protestos em massa que acabaram em confrontos com a polícia nas ruas de Bucareste, capital romena.
#URGENTE🚨‼️ Comitê eleitoral romeno REJEITA a candidatura de GeorgescuSua suspensão provocou protestos ferozes e confrontos entre manifestantes e a polícia, que usou gás lacrimogêneo contra os manifestantes.AGORA: https://t.co/XsEUK9ullHpic.twitter.com/BJxashnQce
— RT Brasil (@rtnoticias_br) March 9, 2025
Conforme anunciou um dos assessores de Georgescu à Reuters na segunda-feira (10), o candidato perseguido pretende recorrer à Corte Constitucional contra a decisão.
Segundo o veículo, a contestação deve ser apresentada dentro de 24 horas e, provavelmente, o tribunal tomará decisão até quarta-feira.
Perseguição política
Georgescu venceu o primeiro turno das eleições em novembro do ano passado, mas o pleito foi anulado pelo Tribunal Constitucional do país alegando interferência de Moscou no processo.

A Agência Nacional de Administração Tributária da Romênia descartou a possibilidade de interferência russa nas eleições.
Os resultados foram anulados em dezembro e o candidato vencedor passou a ser perseguido, o que culminou com sua prisão no final de fevereiro. Posteriormente, Georgescu foi solto sob liberdade condicional.
O político tem se mostrado crítico à OTAN e denunciou que a Aliança Atlântica está tentando usar seu país como uma "porta de entrada" para a Terceira Guerra Mundial, a fim de enfrentar a Rússia.