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Hungria: Quanto mais tarde as negociações de paz forem realizadas, pior será para Kiev
O ministro das Relações Exteriores da Hungria alertou que, quanto mais o conflito se arrastar, mais próxima estará "a terrível ameaça do que poderia ser chamado de uma Terceira Guerra Mundial".
Quanto mais tarde forem realizadas as negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia, pior será o resultado para Kiev, disse o ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, em uma entrevista à estação de rádio local Kossuth.
"Há meses venho ouvindo que os ucranianos estão tentando conquistar uma posição no campo de batalha a partir da qual possam iniciar as negociações em uma posição melhor. Nas últimas semanas, ficou claro que esse cenário falhou, o tempo está do lado da Rússia", disse Szijjarto.
O chanceler húngaro também alertou que, quanto mais o conflito na Ucrânia se arrastar, mais próxima estará "a ameaça aterrorizante do que poderia ser chamado de uma Terceira Guerra Mundial".
Szijjarto lembrou que os países ocidentais inicialmente enviaram apenas capacetes para a Ucrânia, mas depois começaram a fornecer munição, armas, tanques e mísseis, portanto não é de surpreender que alguns políticos já tenham começado a falar sobre o envio de tropas. Ele também garantiu que a Hungria não enviará armas ou soldados para a Ucrânia, e que vidas humanas só podem ser salvas por meio de cessar-fogo e negociações de paz.
Na segunda-feira, o presidente francês Emmanuel Macron declarou no final de uma cúpula especial sobre a Ucrânia em Paris que, embora "não haja consenso para enviar tropas para o terreno de forma oficial, assumida e endossada", "em termos dinâmicos, nada deve ser descartado". A ideia de Macron não foi apoiada nem pelos países aliados nem por nenhum dos partidos de oposição franceses.