Israel lança ataque contra o Líbano

Nesta sexta-feira, Israel lançou mais de 20 ataques aéreos ao sul do Líbano, informa a Agência Nacional de Notícias do país árabe.

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Os ataques se concentraram em regiões que se estendem por toda a fronteira sul do país até o rio Litani, nos arredores da cidade de Aishiyeh, esclarece o portal libanês Janoubia, destacando que se trata dos ataques mais intensos desde que se assinou, no dia 27 de novembro, um cessar-fogo entre os países.

As Forças de Defesa israelenses confirmaram que haviam realizado "ataques baseados em informações de inteligência" no sul do Líbano, contra bases militares do Hezbollah, nos quais, segundo detalharam, "se identificaram armas e lança-foguetes" pertencentes ao movimento xiita.

"As armas e os lança-foguetes que se encontravam nas bases militares apresentavam uma ameaça para o Estado de Israel e constituiam uma flagrante violação dos acordos entre Israel e Líbano", indicaram os militares israelenses em um comunicado, acrescentando que "continuarão atuando para eliminar qualquer ameaça ao Estado de Israel e impedirão qualquer tentativa do Hezbollah de reestabelecer-se e reconstruir-se".

• Na noite do dia 27 de novembro de 2024, após mais de um ano de escalada contínua de tensões, um cessar-fogo entre Israel e o Líbano entrou em vigor, de acordo com um plano mediado por uma série de países, inclusive os EUA. Segundo o plano, em até 60 dias a partir do cessar-fogo, o exército libanês deveria ocupar os territórios ao sul do país, e as forças e estruturas do Hezbollah deviam se retirar para o norte do rio Liani, de 20 a 30 km distantes da fronteira com Israel. Simultaneamente, Israel devia retirar totalmente suas forças armadas do território do país vizinho. Nesse contexto, se reservou ao direito de responder a qualquer eventual violação do cessar-fogo por parte do Hezbollah.
• Após este período, Israel se retirou do país vizinho, porém manteve uma presença militar em posições fronteiriças. O exército libanês tampouco conseguiu assegurar a retirada do Hezbollah da região, nem desmantelar a infraestrutura do movimento xiita.