Moscou comenta sobre caos na Síria

A Rússia está alarmada com a "forte escalada" da situação na Síria, declarou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, nesta sexta-feira.

"Nessas circunstâncias críticas, pedimos a todos os líderes sírios que podem influenciar o desenvolvimento da situação 'no terreno' que façam todo o possível para acabar com o derramamento de sangue o mais rápido possível e evitar vítimas civis", afirmou em um comunicado.

Caos na Síria: escalada sangrenta entre partidários de Assad e governo provisório

A Chancelaria observou que, sob as difíceis condições do período de transição pelo qual a Síria está passando, "manter a harmonia nacional, fortalecer a segurança dos cidadãos e respeitar seus direitos legais, independentemente de sua afiliação nacional ou religiosa, são de extrema importância".

"Reafirmamos nossa posição de princípio em apoio à soberania, à unidade e à integridade territorial da República Árabe da Síria", acrescentou. O ministério também conclamou todos os países com influência na Síria a contribuírem para a normalização da situação e expressou sua disposição de coordenar estreitamente com suas contrapartes para diminuir a escalada da situação.

O que está acontecendo na Síria?

Pelo menos 13 membros dos serviços de segurança do novo governo sírio foram mortos em confrontos com partidários do ex-presidente Bashar al-Assad na cidade de Jableh, localizada na província de Latakia, no noroeste do país. Como resultado, foi imposto um toque de recolher na província, que permanecerá em vigor até as 10h.

Os protestos contra o governo também começaram na província de Tartous, cerca de 60 quilômetros ao sul de Jableh, com as forças de segurança abrindo fogo para dispersar as multidões, segundo a Reuters, que cita um morador local.

Em outras cidades, como Idlib, ocorreram manifestações em apoio ao exército sírio e contra os partidários do governo derrotado.