China faz advertência aos EUA e promete forte retaliação após ameaças

"Nenhum país deve fantasiar que pode reprimir a China e, ao mesmo tempo, manter um bom relacionamento", afirmou o chanceler chinês.

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, advertiu nesta sexta-feira (7) que seu país continuará a retaliar as tarifas "arbitrárias" impostas pelos Estados Unidos, acusando Washington de "responder ao bem com o mal".

Em uma coletiva de imprensa, o chanceler lembrou que as relações entre os dois países "são baseadas em interações recíprocas e bidirecionais" e que a cooperação trará benefícios.

Wang Yi alertou ainda que Pequim "certamente tomará contramedidas em resposta à pressão arbitrária" dos EUA.

Atos hipócritas que minam estabilidade 

"Nenhum país deve fantasiar que pode reprimir a China e, ao mesmo tempo, manter um bom relacionamento com a China", afirmou Wang. "Tais atos hipócritas não são bons para a estabilidade das relações bilaterais ou para a construção de confiança mútua", acrescentou.

Na avaliação do chanceler, as guerras tarifárias e comerciais não trouxeram os resultados econômicos esperados para Washington, e as autoridades norte-americanas devem procurar a causa principal de seus problemas internos.

"O déficit comercial aumentou ou diminuiu? A competitividade industrial aumentou ou diminuiu? A inflação melhorou ou piorou? A vida das pessoas mudou para melhor ou para pior?", questionou o diplomata.

No entanto, apesar das tensões comerciais, Wang enfatizou que seu país permaneceria comprometido com os princípios de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação mutuamente benéfica para promover o desenvolvimento das relações entre os dois estados.