Médica militar russa que carregou corpo do marido no campo de batalha emociona Putin

A história de uma médica militar russa que carregou sozinha o corpo de seu marido no campo de batalha comoveu os participantes de uma audiência com o presidente russo, Vladimir Putin, e representantes da fundação Defensores da Pátria, que apoia os envolvidos na operação militar especial, realizada em Moscou na quinta-feira (6).

Aidysmaa Mongush, mãe de três filhos e cidadã da república russa de Tuva, contou que, em 2023, seu marido, Dazhý Omak, decidiu se alistar no Exército russo, e ela, com formação médica, também optou por se juntar à operação.

"Eu sou médica, e ele um soldado de tropa de assalto. Foi assim que nos levantamos em defesa da pátria", disse ela.

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A mulher relatou que, devido à falta de oportunidades para servir na mesma unidade e aos horários de folga incompatíveis, não viu seu marido por mais de um ano, apesar de suas unidades estarem a apenas algumas dezenas de quilômetros de distância.

"E eu, como acompanhante do pelotão de evacuação, infelizmente tive que evacuar o corpo do meu falecido marido. Foi assim que nos encontramos, foi assim que nos vimos e foi assim que ambos voltamos para casa", detalhou, emocionada.

"Agora tenho uma grande responsabilidade: criar nossos filhos", afirmou a veterana de combate, que atualmente mora na cidade siberiana de Kyzyl e cuida de seus três filhos: dois meninos, de 5 e 11 anos, e uma menina, de 9 anos. "Como mãe, como veterana de combate, desejo a todos uma paz rápida sobre nossas cabeças. E a vitória será nossa", concluiu.

Digna de condecoração de Estado

Quando Aidysmaa terminou seu relato, uma das mulheres presentes se dirigiu ao presidente russo, afirmando que todos os participantes do evento haviam decidido, por unanimidade, que "Aidysmaa Mongush é digna de uma condecoração estatal".

"Por ter força de vontade e coragem nessa situação difícil. Por favor, prestem atenção nela", pediu.

"Concordo", disse Putin, classificando a heroica história de Aidysmaa como digna de adaptação cinematográfica.

"Histórias como essa, destinos como esse, são dignos de serem emoldurados em livros, poemas, filmes e obras de arte, para que permaneçam por muito tempo", concluiu o presidente.