Washington não hesitará em "ir com tudo" na aplicação de sanções ao setor energético russo, se isso ajudar o país a alcançar vantagens em um cessar-fogo no conflito ucraniano, afirmou esta quinta-feira o secretário de Tesouro dos EUA, Scott Bessent.
"Esta administração manteve sanções reforçadas, e não hesitará em 'ir com tudo' se isso significar uma vantagem em negociações de paz", declarou o alto funcionário em um discurso no Clube Econômico de Nova York.
Bessent destacou que, segundo as diretrizes do presidente norte-americano, Donald Trump, as restrições "serão utilizadas de forma explícita e agressiva para alcançar o máximo de impacto imediato", acrescentando que "serão cuidadosamente monitoradas para assegurar-nos que estão cumprindo objetivos específicos".
Anteriormente, a agência Reuters informou essa segunda-feira que os EUA estão elaborando um plano para suavizar eventualmente sanções determinadas contra certas entidades e indivíduos russos, enquanto Trump busca reestabelecer laços com Moscou e facilitar o fim do conflito ucraniano. A Casa Branca solicitou aos departamentos de Estado e Tesouro que redijam uma lista de sanções que poderiam aliviar, como forma de melhorar as relações diplomáticas e econômicas com o país euroasiático.
- As sanções sobre a Rússia, impostas desde o início do conflito na Ucrânia em 2022, buscaram sobretudo limitar as indústrias de petróleo e gás do país. Os governos ocidentais, liderados por Washington, impuseram um preço máximo de 60 dólares por barril às exportações petrolíferas da Rússia.