
'Não participaremos': Kremlin se recusa a entrar em uma corrida armamentista com Ocidente

A Rússia não pensa em participar de uma corrida armamentista com a Europa, declarou esta quinta-feira (06) o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
"Não poderão nos ganhar, porque não vamos participar. Nos dedicaremos a assegurar nossos próprios interesses", afirmou Peskov, comentando sobre as declarações realizadas pelo primeiro-ministro polonês, Donald Tusk.

Nesse sentido, agregou que a Rússia não se envolverá na corrida armamentista proposta pela Polônia. "É claro que o presidente [Vladimir Putin] encontrará uma maneira de evitá-la. Mas só se pode expressar pesar pelo fato de Varsóvia e Paris realizarem tais declarações de conflito e militaristas", expressou.
Horas antes, Tusk declarou que a "Europa deve assumir esta corrida armamentista e ganhá-la". "Estou convencido de que a Rússia irá perder esta corrida armamentista, assim como a URSS perdeu uma corrida armamentista similhar há 40 anos. E este é um método similar para evitar um conflito mais amplo e de grande escala", afirmou na véspera de uma reunião com líderes europeus.
Peskov também relembrou as palavras do mandatário russo, Vladimir Putin, de que Moscou não se permitirá entrar em uma corrida armamentista, adotando "medidas assimétricas que garantam a nossa segurança da melhor maneira, porém que não nos levem ao abismo de gastos incomensuráveis".
Esta semana, a chefe da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, apresentou um plano para "rearmar a Europa", avaliado em 800 bilhões de euros. No entanto, a iniciativa não foi bem recebida pelo público.
O portal Euractiv destacou que o documento se baseia em presunções, e que a responsabilidade de buscar os recursos para o plano recaem nos Estados membros do bloco europeu.