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Eduardo Bolsonaro critica Walter Salles e chama-o de 'psicopata cínico'

Após o filme "Ainda Estou Aqui" ganhar o Oscar, o deputado federal atacou o diretor, afirmando que ele retrata uma "ditadura inexistente" e ironizando sobre a situação nos Estados Unidos.
Eduardo Bolsonaro critica Walter Salles e chama-o de 'psicopata cínico'Gettyimages.ru / Tomas Cuesta

O deputado federal Eduardo Bolsonaro criticou o cineasta Walter Salles, diretor do filme "Ainda Estou Aqui", chamando-o de "psicopata cínico". Segundo Bolsonaro, o longa-metragem, que conquistou o Oscar de Melhor Filme Internacional, retrata uma "ditadura inexistente".

O deputado federal argumentou que existem "dois tipos peculiares de psicopatas": o cínico, que oculta sua verdadeira natureza, e o escrachado. Ele classificou Salles como o "cínico", citando seu apoio à prisão dos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023 e suas críticas ao governo dos EUA.

O deputado também fez menção ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, sugerindo que, se Salles tivesse feito críticas ao "regime instaurado" por Moraes, ele estaria "com certeza na cadeia, 'gozando de todos os esplendores da democracia da esquerda'". Em tom irônico, Bolsonaro comentou: "Deve ser realmente muito difícil viver na ditadura americana".

As declarações de Bolsonaro surgiram após Salles comentar, em uma entrevista em Los Angeles, sobre a situação da democracia nos Estados Unidos, afirmando que o país está passando por um "processo de fragilização crescente da democracia". O deputado expressou suas opiniões em uma postagem em seu perfil no X recentemente.

Entenda

Em uma declaração a jornalistas na segunda-feira, após o filme brasileiro ser premiado com o Oscar, Walter Salles expressou sua "preocupação com a democracia nos EUA", afirmando que a fragilização da democracia está se intensificando. Ele acredita que essa situação é uma das razões pelas quais "Ainda Estou Aqui" foi bem recebido pelo público americano.

Salles também destacou que o filme reflete um "perigo autoritário" que se espalha pelo mundo, afirmando: "Estamos vivendo um momento de extrema crueldade, da prática da crueldade como forma de exercício do poder".