Rússia adverte que envio de tropas para Ucrânia será um ato de guerra da OTAN

A "discussão" sobre o envio de tropas estrangeiras para solo ucraniano "está sendo conduzida com um propósito abertamente hostil", enfatizou o ministro das Relações Exteriores da Rússia.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, rejeitou nesta quinta-feira (6) a ideia de enviar tropas europeias para a Ucrânia.

"Não vemos espaço para compromisso. A discussão está sendo conduzida com um propósito abertamente hostil", disse em uma coletiva de imprensa.

Lavrov acrescentou que o presidente francês, Emmanuel Macron, com o apoio do primeiro-ministro britânico Keir Starmer, elaborou um plano para "congelar por pelo menos um mês os combates" no ar e no mar e cessar os ataques às instalações de energia na Ucrânia e, nesse meio tempo, enviar tropas europeias para o solo ucraniano e "paralelamente" negociar um acordo sobre os termos de paz.

O ministro enfatizou que Moscou consideraria um contingente militar da UE na Ucrânia como o envio de tropas da OTAN para o país eslavo. Nesse caso, não se trataria mais de uma "guerra híbrida, mas de um envolvimento direto da OTAN no conflito com a Rússia", enfatizou.

"Mas se você já enviou tropas para o território, é provável que não queira mais negociar quaisquer condições, porque você está criando os fatos no terreno", explicou o chefe da diplomacia russa.