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Brasil e aliados apoiam surinamês para liderar a OEA

A decisão dos países sul-americanos reflete uma estratégia diplomática em contraste com o apoio dos EUA a outro candidato, Rubén Ramírez Lezcano, atual chanceler
Brasil e aliados apoiam surinamês para liderar a OEALegion-media.ru / iliya Mitskovets

Na terça-feira, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou que o país, junto com Bolívia, Chile, Colômbia e Uruguai, decidiu apoiar a candidatura de Albert Ramdin, atual ministro de Relações Exteriores do Suriname, para a posição de Secretário Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) para o período de 2025 a 2030.

"O ministro Albert Ramdin, com sua vasta experiência na diplomacia, incluindo seu prévio papel como Secretário Geral adjunto da OEA, está em uma posição única para enfrentar os desafios contemporâneos para nossos países, ao oferecer uma nova perspectiva que reflita as realidades e aspirações do Caribe e da América em seu conjunto", afirmou o Itamaraty.

De acordo com o comunicado do Itamaraty, essa decisão foi tomada após uma "análise cuidadosa das propostas apresentadas" para o cargo. O chanceler do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, também é candidato e conta com o apoio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e de seus aliados, conforme informações da mídia.

Além disso, a nota destaca que "essa decisão representa um passo significativo da região na direção da unidade, no atual contexto geopolítico, e também uma oportunidade histórica para o Caribe, que pela primeira vez poderá liderar esse importante espaço de integração hemisférico".

A eleição para o novo Secretário Geral da OEA está agendada para o dia 10 de março. A OEA é uma organização internacional composta por Estados independentes do continente americano, com sede em Washington, D.C., e inclui 35 países, incluindo o Brasil.