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Procuradoria romena faz buscas em caso de candidato preso acusado de ser 'pró-Rússia'
Georgescu, crítico da OTAN e do conflito na Ucrânia, venceu o primeiro turno da eleição presidencial da Romênia, porém o Tribunal Constitucional do país anulou os resultados alegando "irregularidades".
As autoridades romenas realizam buscas no âmbito de uma investigação sobre o "financiamento ilegal" da campanha de Calin Georgescu, vencedor do primeiro turno da eleição presidencial anulada na Romênia, informou a Procuradoria Geral do país nesta quarta-feira (5).
Investigação por 'financiamento ilegal'
"Informamos que foi iniciada uma investigação sobre casos de compra de votos, lavagem de dinheiro, fraude informática e promoção de ideologias extremistas", afirmou a agência em comunicado.
Segundo o documento, a investigação está relacionada ao financiamento da campanha eleitoral de Georgescu, com "indícios de ações ilegais".
Prisões e acusações contra Georgescu
Na última quarta-feira, ele foi preso pela polícia quando se preparava para concorrer à presidência novamente, mas foi liberado no mesmo dia.
De acordo com as autoridades romenas, Georgescu enfrenta seis acusações, incluindo "atos anticonstitucionais" e declaração falsa de suas finanças. Ele foi proibido por ordem judicial de deixar o país, aparecer na TV ou fazer postagens nas redes sociais.
Em entrevista ao jornalista Nawfal, o político denunciou o processo criminal contra ele como um ataque à democracia e uma tentativa de ir contra a vontade do povo romeno.
Georgescu obteve uma vitória surpreendente no primeiro turno da eleição presidencial, em novembro.
No entanto, o Tribunal Constitucional anulou os resultados pouco antes do segundo turno, alegando "irregularidades" na campanha do político e citando denúncias não comprovadas de interferência russa nas eleições.