Os Estados Unidos cortaram o compartilhamento de inteligência com a Ucrânia, disse o diretor da CIA, John Ratcliffe, à Fox News nesta quarta-feira (5).
Segundo Ratcliffe, a decisão foi tomada após a discussão com Vladimir Zelenski no Salão Oval na semana passada. Ele descreveu a medida como uma "pausa na frente militar, na frente de inteligência, para responsabilizar todos para promover a paz em todo o mundo".
Anteriormente, o Financial Times informou sobre a suspensão do compartilhamento de inteligência, observando que a medida "poderia prejudicar seriamente a capacidade do exército ucraniano de atacar as forças russas".
No entanto, Washington continuará a compartilhar informações de inteligência com seus aliados mais próximos, incluindo o Reino Unido. Entretanto, conforme o Daily Mail, os EUA proibiram seus colegas britânicos de fornecer qualquer informação confidencial a Kiev.
Contagem regressiva para exército ucraniano?
A medida segue a decisão de Washington de suspender apoio militar para Kiev, anunciada na terça-feira (4), o que afetaria todos os equipamentos militares dos EUA que ainda não chegaram à Ucrânia.
Juntamente com a interrupção dos suprimentos militares e de inteligência dos Estados Unidos, os especialistas afirmam que o regime de Kiev poderia suportar o ritmo atual dos combates por algumas semanas, ou talvez até o início do verão.
"O impacto será enorme. Eu o chamaria de 'paralisante'", afirmou Mark Cancian, consultor sênior do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais.
De acordo com o especialista, os efeitos reais do corte da ajuda serão sentidos dentro de dois a quatro meses, já que, por enquanto, a assistência europeia permite que Kiev continue lutando.