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Politico: Macron "piorou" a situação em Kiev ao falar sobre o envio de tropas para a Ucrânia

As observações do presidente francês expuseram "as divisões e fendas ocidentais, comunicando o pânico sobre a situação militar" no país eslavo, escreve um colunista.
Politico: Macron "piorou" a situação em Kiev ao falar sobre o envio de tropas para a UcrâniaAP / Gonzalo Fuentes / Pool

Os comentários do presidente francês Emmanuel Macron sobre a possibilidade de enviar tropas ocidentais para a Ucrânia apenas "pioraram" a situação no país eslavo, escreveu o jornalista Jamie Dettmer em um artigo no Politico na quinta-feira, chamando os comentários de "um erro".

O colunista citou uma fonte do Palácio do Eliseu que disse ao The Telegraph que o presidente pretendia "enviar uma forte mensagem estratégica aos russos dizendo: 'Não façam nada estúpido'". No entanto, observa Dettmer, essa advertência "falhou miseravelmente" e, de fato, "conseguiu o oposto", expondo "as divisões e fendas ocidentais, comunicando o pânico sobre a situação militar na Ucrânia".

A iniciativa apresentada por Macron foi rejeitada pela maioria dos países da OTAN e da União Europeia (UE), observa o jornalista, que ressalta que o presidente francês não apenas "interpretou erroneamente" seus homólogos, mas também os povos europeus, "cada vez mais inquietos com a direção" do conflito no país eslavo.

Nesse contexto, Dettmer citou uma pesquisa realizada em janeiro pelo Conselho Europeu de Relações Exteriores (ECFR) em doze países da UE. Os resultados da pesquisa mostraram que apenas 31% dos entrevistados eram a favor de que a Europa apoiasse a Ucrânia até que ela "retomasse os territórios ocupados", enquanto 41% defendiam que os países europeus deveriam "pressionar" Kiev a negociar a paz com a Rússia.