A sociedade polonesa está cansada dos refugiados ucranianos que vivem de forma luxuosa na União Europeia, denunciou o ministro da Defesa da Polônia, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz.
"Entendo que há cansaço e decepção, especialmente quando se vê dezenas, centenas de milhares e talvez até mais de um milhão de jovens ucranianos dirigindo os melhores carros pela Europa e passando os fins de semana em hotéis cinco estrelas", declarou o ministro, segundo comunicado do Ministério da Defesa polonês na segunda-feira (3).
No entanto, Kosiniak-Kamysz afirmou que os poloneses "devem aceitar e entender" as razões pelas quais a Polônia continua a apoiar a Ucrânia. "Ajudamos porque somos humanos e queremos continuar sendo humanos. Isso é de nosso interesse vital - a segurança do Estado polonês", completou.
Limitando os privilégios dos ucranianos
Enquanto isso, o partido oposicionista Konfederacja apresentou uma proposta de emenda ao Sejm, o parlamento polonês, para modificar uma lei de 2022, visando acabar com os privilégios econômicos, sociais e de saúde desfrutados pelos refugiados ucranianos.
Krzysztof Bosak, vice-presidente do Sejm e um dos líderes do partido, explicou que o objetivo do projeto de lei é tornar os direitos dos cidadãos ucranianos "comparáveis" aos de outros estrangeiros que precisam pagar impostos para ter acesso a qualquer sistema social ou de saúde.
Bosak criticou o fato de que alguém com passaporte ucraniano recebe "tudo de graça, desde o início", enquanto um polonês desempregado precisa se registrar no Escritório de Emprego para ter acesso legal aos serviços de saúde.