
Trump realiza importante discurso em sua anunciada 'grande noite'

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se dirige no final desta terça-feira ao Congresso do país norte-americano. "Os EUA voltaram", disse o mandatário no início de seu discurso, declarando que seu governo foi capaz de conquistar mais "em 43 dias do que outras administrações fizeram durante quatro ou incluisve oito anos". "O sonho americano é maior do que nunca", acrescentou.

Quando Trump relembrou que havia ganho a eleição presidencial nos sete estados "indecisos", além do voto popular, a Câmara se transformou em um caos, quando um congressista democrata o vaiou, e os membros do partido republicano contestaram com gritos. O representante democrata Al Green, do Texas, foi escoltado para fora da Câmara após interromper o discurso e se negar a seguir instruções sobre silêncio e sentar-se.
Ao continuar, o republicano destacou que desde que voltou para a Casa Branca, assinou quase 100 ordens executivas e mobilizou mais de 400 medidas. "Se trata de um recorde para restaurar a sanidade, a segurança, o otimismo e a prosperidade em nosso maravilhoso país", afirmou.
"Um desastre econômico e um pesadelo inflacionário"
Simultaneamente, qualificou seu antecessor Joe Biden como o "pior presidente da história dos EUA" e criticou aos democratas que não estão dispostos a apoiar suas iniciativas. "Olho para os democratas à minha frente e percebo que não tenho nada a dizer para deixá-los felizes ou para fazê-los se levantar, sorrir e aplaudir. Posso encontrar a cura para uma doença terrível, acabar com os crimes, e essas pessoas não vão se levantar e aplaudir, não importa o que aconteça. É muito triste, não precisa ser assim", apontou.
Indicou que para cada nova regulamentação que se exiga nos EUA, 10 antigas serão canceladas.
O presidente manifestou que herdou "um desastre econômico e um pesadelo inflacionário" do governo anterior. Segundo ele, para combater a inflação, as autoridades dos EUA pretendem reduzir o custo da energia e acabar com o "desperdício flagrante de dinheiro" dos contribuintes.
Um orçamento federal equilibrado
Neste contexto, Trump destacou o trabalho do Departamento de Eficiência Governamental dos EUA, liderado por Elon Musk, e apresentou aos legisladores as "descobertas" do organismo sobre gastos públicos. Mencionou oito milhões de dólares para promover o movimento LGBT* em Lesoto, 32 miilhões de dólares para promover valores "de esquerda" em Moldávia, 20 milhões para uma "versão arábe" da "Vila Sésamo", entre outros gastos.
Trump prometeu que os EUA terão um orçamento federal equilibrado pela primeira vez no milênio, anunciando uma série de medidas. Para reduzir a inflação, o governo republicano reduzirá o custo de vida para os cidadãos, incluindo o preço do combustível. Ademais, se reduzirão impostos e 100% de isenção será concedida para a produção nacional. Ao mesmo tempo, fabricantes estrangeiros enfrentarão tarifas "bastante elevadas", a menos que fabriquem seu produto nos EUA. Para os investidores, em breve haverá um "cartão dourado". "É como um Green Card, porém melhor", destacou.
Carta de Zelensky
Em seu discurso, Trump afirmou que recebeu uma carta do líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, em que manifesta sua disposição para negociar um acordo de paz com a Rússia.
Trump detalhou o conteúdo da carta. "A carta disse: 'A Ucrânia está disposta a sentar-se à mesa de negociações o mais cedo possível para aproximar uma paz duradoura. Ninguém quer mais a paz do que os ucranianos. Eu e minha equipe estamos dispostos a trabaçhar sobre a firme liderança do presidente Trump para conseguir uma paz duradoura'", disse o presidente citando a carta.
*O movimento internacional LGBT é classificado como uma organização extremista no território da Rússia e proibido no país.