O presidente da China, Xi Jinping, nasceu em 15 de junho de 1953, em Fuping, na província de Shaanxi. Formou-se na Escola de Ciências Humanas e Sociais da Universidade de Tsinghua, em Pequim, com foco em teoria marxista e educação ideológica e política.
Xi também obteve doutorado na mesma universidade e ainda estudou engenharia química na mesma instituição.
É casado com Peng Liyuan, renomada cantora folclórica chinesa, e tem uma filha, Xi Mingze. Xi Jinping é filho de Xi Zhongxun, ex-vice-primeiro-ministro reformista e um dos fundadores da guerrilha comunista que combateu o partido Kuomintang no norte da China.
Trajetória profissional e política
Xi Jinping entrou para o Partido Comunista da China em janeiro de 1974 e, entre 1979 e 1982, foi secretário do Gabinete Geral do Conselho de Estado e da Comissão Militar Central (oficial em exercício).
Entre 1982 e 1985, exerceu as funções de vice-secretário e secretário do Comitê do Partido Comunista no distrito de Zhengding, em Hebei.
De 1985 a 1988, foi membro do Comitê Permanente do Comitê Municipal de Xiamen do Partido Comunista e vice-prefeito da cidade, localizada na província de Fujian.
De 1988 a 1990, atuou como secretário do Comitê do Partido Comunista da cidade de Ningde, também em Fujian. Entre 1990 e 1999, foi secretário do Comitê Municipal do Partido Comunista da cidade de Fuzhou.
Entre 2002 e 2003, ocupou o cargo de vice-secretário do Comitê Provincial do Partido Comunista e foi governador interino da província de Zhejiang. Entre 2003 e 2007, foi secretário do Comitê Provincial e presidente do Comitê Permanente da Assembleia Popular de Zhejiang.
Em 2007, Xi Jinping assumiu a posição de secretário do Comitê Municipal de Xangai do Partido Comunista. No mesmo ano, passou a integrar o Comitê Permanente do Bureau Político do Comitê Central do Partido Comunista.
De 2007 a 2012, foi membro do Secretariado do Comitê Central do Partido Comunista e presidente da Escola Central do Partido.
De 2008 a 2013, Xi Jinping foi vice-presidente da República Popular da China. Desde novembro de 2012, ocupa o cargo de secretário-geral do Partido Comunista da China.
Em março de 2013, assumiu a presidência da República Popular da China.
Em 2016, recebeu o título de núcleo da liderança do Comitê Central do Partido Comunista da China e, em 2017, foi reeleito secretário-geral do Partido.
Em outubro de 2022, Xi Jinping foi reeleito para um terceiro mandato como secretário-geral do Partido Comunista.
Política interna e o "sonho chinês"
O conceito de "sonho chinês", uma resposta do Oriente ao famoso "sonho americano", ganhou força a partir de 2013 no pensamento socialista chinês. Ele envolve um conjunto de ideais individuais e nacionais para a China e o Partido Comunista, refletindo o papel do cidadão na sociedade chinesa e os objetivos do país.
Essa expressão está fortemente ligada a Xi Jinping, que começou a utilizá-la como um slogan durante uma visita ao Museu Nacional da China, em novembro de 2012, após assumir o cargo de secretário-geral do Partido.
"Devemos continuar a trabalhar para realizar o sonho chinês e o grande renascimento da nação", declarou Xi em seu primeiro discurso como presidente.
Combate à corrupção
A política de combate à corrupção de Xi Jinping é uma das marcas de seu governo, com uma campanha rigorosa iniciada em 2012 para punir tanto autoridades de alto escalão (os "tigres") quanto funcionários de nível inferior (as "moscas").
A ofensiva resultou em processo e condenação de centenas de líderes do Partido Comunista, reforçando o controle interno e a disciplina partidária.
Além de fortalecer a imagem do governo, a campanha visa consolidar a autoridade de Xi e garantir a estabilidade política na China.
Política externa
A política externa do líder chinês é pautada pela independência, não-interferência e respeito à soberania dos países. Ele defende uma abordagem multilateral para questões globais, priorizando o diálogo e a cooperação em vez do uso da força.
A China busca consolidar sua posição como potência global e promover o fortalecimento das relações com países em desenvolvimento, destacando o BRICS como um exemplo de cooperação internacional alternativa ao modelo ocidental.
Xi prega a construção de um "novo tipo de relações internacionais", com ênfase na igualdade e no benefício mútuo, rejeitando a hegemonia de países ou blocos.