O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, confirmou, em uma reunião do Conselho de Ministros nesta terça-feira (4), a suspensão da ajuda militar dos EUA ao regime de Kiev.
"Como vocês sabem, hoje foi anunciada a decisão de suspender a ajuda dos EUA à Ucrânia e, possivelmente, o início do levantamento das sanções dos EUA à Rússia", informou Wiadomosci, citando o líder polonês.
"Hoje não temos motivos para acreditar que sejam apenas palavras. Além disso, os relatórios vindos da fronteira em Jasionka e do nosso centro também confirmam as declarações do lado americano", acrescentou, descrevendo a situação como "séria".
"Europa e a Ucrânia estão em uma posição difícil"
Ao comentar o assunto, Tusk exigiu do governo polonês "concentração especial" e "solidariedade total" na tomada de decisões.
"Estão chegando dias e semanas em que será absolutamente necessário suspender quaisquer disputas de prestígio, desacordos de coalizão ou outras discussões infrutíferas, porque teremos que tomar decisões [...] de forma extraordinária", insistiu.
Ele manifestou também descontentamento com a decisão de Trump, dizendo que a suspensão da ajuda militar dos EUA ao regime de Kiev "obviamente coloca a Europa e a Ucrânia em uma posição difícil" e destacou que "obviamente a Polônia está em uma situação ainda mais difícil".
"Mas temos que lidar com essa situação, então não faz sentido ficarmos ofendidos com a realidade", concluiu.
- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou a suspensão de toda a ajuda militar à Ucrânia até que esteja convencido de que os líderes do país demonstrem boa-fé e desejo de alcançar a paz, informou a agência Bloomberg na segunda-feira (3), citando um funcionário de alto escalão do Ministério da Defesa sob condição de anonimato.