
Começa a guerra comercial: tarifas dos EUA contra México e Canadá entram em vigor

As tarifas dos Estados Unidos sobre produtos do México e do Canadá entraram em vigor nesta terça-feira (4). As importações desses países passam a ser taxadas em 25%, enquanto produtos energéticos canadenses serão taxados em 10%.
Por sua vez, as tarifas de 10% imposta sobre importações chinesas em fevereiro serão dobradas para 20%.
Medidas de resposta
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, não descartou uma reunião com Donald Trump, mas reforçou o pedido por "serenidade e paciência". "Há coragem e há calma", disse Sheinbaum na segunda-feira (4). "Temos o plano A, o plano B, o plano C e o plano D", afirmou.

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou retaliação com tarifas de 25% sobre US$ 155 bilhões em produtos americanos.
A primeira etapa da medida será aplicada imediatamente sobre US$ 30 bilhões, e os US$ 125 bilhões restantes serão tarifados dentro de 21 dias. Segundo Trudeau, as taxas permanecerão "até que as medidas comerciais dos EUA sejam retiradas".
A China, nesta terça-feira (4) também anunciou resposta, impondo tarifas de 15% sobre frango, trigo, milho e algodão, e de 10% sobre soja, carne suína, carne bovina, produtos aquáticos, frutas, legumes e laticínios.
As medidas entram em vigor em 10 de março e serão adicionadas às tarifas já existentes. Pequim manteve as atuais políticas de vinculação e isenção, mas não prevê redução ou retirada das novas taxas.
As exigências de Trump
Desde que foi eleito, Trump vinha anunciando as tarifas para responsabilizar México, Canadá e China pelo que chamou de "falha em conter o fluxo de drogas venenosas para os EUA".
O presidente norte-americano alegou na segunda-feira que Pequim "não agiu para deter" a entrada de substâncias ilegais nos EUA e justificou as sanções comerciais como resposta ao fentanil que cruza a fronteira com o México.
Trump disse que as tarifas só serão reduzidas se o desequilíbrio comercial for resolvido. "Eles precisam construir suas fábricas de automóveis e outros setores nos EUA, e aí não haverá tarifas", afirmou. "Temos o mercado de automóveis que eles mais vendem", acrescentou.
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