A China anunciou nesta terça-feira (4) tarifas de até 15% sobre produtos agropecuários dos EUA, como frango, algodão, soja e carne bovina, além de restringir exportações para empresas de defesa.
A medida responde à decisão de Donald Trump de dobrar tarifas sobre produtos chineses, agravando a disputa entre as duas maiores economias do mundo, como informa a Bloomberg.
Pequim incluiu dez empresas americanas em sua "lista de entidades não confiáveis", enquanto Trump elevou tarifas para 20%, justificando a medida como resposta ao suposto tráfico de fentanil.
A China rebateu, acusando os EUA de prejudicarem o comércio global e sobrecarregarem suas próprias empresas e consumidores.
Apesar das tensões, as ações chinesas registraram leve alta, enquanto os mercados americanos sofreram a maior queda do ano. As novas tarifas entram em vigor em 10 de março e afetam o setor agropecuário dos EUA, que já perdeu 80% das exportações de soja para a China desde a primeira guerra comercial, favorecendo o Brasil.
O governo chinês também restringiu as exportações para 15 empresas de defesa dos EUA e manteve o bloqueio de metais estratégicos ao setor militar norte-americano. O governo chinês levará o caso à OMC, enquanto Xi Jinping prepara um novo plano econômico. Trump sinalizou interesse em negociar, mas não houve avanços em um possível diálogo.