
Trump suspende apoio militar para Ucrânia

O Presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou a suspensão de todo o apoio militar atual para a Ucrânia até determinar que os líderes do país demonstram um compromisso de boa fé com a paz, segundo afirmou esta segunda-feira (03) um alto funcionário do Departamento de Defesa para a Bloomberg, solicitando anonimato.
A medida é referente a todo o equipamento militar norte-americano que não se enconra atualmente na Ucrânia, incluindo armas que estão sendo transportadas em aviões e barcos, ou que esperam para serem enviadas da Polônia, apontou a fonte, acrescentando que Trump ordenou ao secretário da Defesa, Pete Hegseth, que executasse a pausa.

Simultaneamente, um funcionário anônimo da Casa Branca observou que os EUA está pausando e revisando a ajuda para assegurar-se que está contribuindo com uma solução.
"Isto não é o fim permanente da ajuda, é uma pausa", explicou à Fox News um funcionário do Governo Trump.
Mais cedo nesta segunda-feira, o Wall Street Journal, referindo-se a autoridades dos EUA, comunicou que a nação norte-americana havia suspendido a venda de armas para a Ucrânia e também estudava congelar o envio já previsto de equipamentos do país americano. O financiamento havia sido suspenso nas últimas semanas em meio a uma proibição da assistência a países estrangeiros por 90 dias. Segundo fontes do veículo, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, assinou recentemente um documento que isenta o fornecimento de armas para a Ucrânia do embargo. No entanto, um funcionário sênior do Departamento de Estado, Peter Morocco, não enviou uma carta correspondente ao Pentágono.
Zelensky "não está pronto para a paz"
A decisão se dá após o encontro tenso que ocorreu semana passada em Washington, durante a visita do líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, à Casa Branca, em que se acreditava que teria a assinatura de um acordo sobre as terras raras ucranianas. Zelensky insistiu que um cessar-fogo deve estar vinculado a garantias de segurança proporcionadas pelos EUA e outros países ocidentais. Trump, por sua parte, se negou a se comprometer com garantias específicas, e descartou converter a Ucrânia em um membro da OTAN ou ceder tropas estadunidenses a uma possível missão de manutenção da paz.
Após a reunião, Trump assegurou que Zelensky "não está pronto para a paz" e que ele "faltou com respeito aos EUA", acrescentando que o político ucraniano "se sente muito porque tem os EUA ao seu lado", mas que perderá o conflito com a Rússia se seguir lutando sem o apoio que recebia sob o governo de Joe Biden.