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Brasil investe R$ 1,44 bilhão para restauração florestal e desenvolvimento sustentável

Os investimentos serão aplicados na Amazônia e no Cerrado com foco em soluções para o desmatamento.
Brasil investe R$ 1,44 bilhão para restauração florestal e desenvolvimento sustentávelGettyimages.ru / Pedro Vilela

O Brasil terá um investimento de R$ 1,44 bilhão (US$ 247 milhões) para restaurar florestas e soluções que promovam estabilidade na Amazônia e no Cerrado. O recurso faz parte do Plano de Investimento do Programa Natureza, Povos e Clima (NPC), aprovado na última quinta-feira (27) pelo Comitê do Fundo de Investimento Climático (CIF) e anunciado pelo Ministério da Fazenda.

A ação faz parte da iniciativa Novo Brasil, plano que reúne políticas públicas e ações estratégicas para promover um modelo de desenvolvimento sustentável e tecnológico. A proposta geral busca fortalecer a indústria, a agricultura, a energia, as finanças e a sociedade, gerando empregos alternativos, prosperidades e uma distribuição de renda mais justa.

Os investimentos serão viabilizados por meio de financiamento misto (blended finance), combinando US$ 47 milhões do CIF, US$ 100 milhões do Fundo Clima via BNDES e US$ 100 milhões do Banco Mundial. O plano será implementado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que concederá crédito ao setor privado para projetos de recuperação ambiental e cadeias produtivas sustentáveis.

A iniciativa pretende restaurar 54 mil hectares de florestas, reduzindo até 7,75 milhões de toneladas de CO₂ e gerando cerca de 21 mil investimentos diretos e indiretos. O foco é recuperar áreas degradadas na bacia do Tocantins-Araguaia, conhecida como Arco do Desmatamento, e transformá-las em um novo Arco da Restauração.

De acordo com o subsecretário de Financiamento ao Desenvolvimento Sustentável do Ministério da Fazenda, Ivan Oliveira, "a restauração de ecossistemas degradados é uma das estratégias fundamentais para enfrentarmos a crise climática e fortalecer a resiliência dos territórios e das comunidades".

O plano foi elaborado com a coordenação da Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda e liderança técnica do Serviço Florestal Brasileiro (SFB). Também participaram do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), BNDES, Banco Mundial e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). 

Esta é a primeira vez que o CIF aprova um plano de investimento com 100% de foco no setor privado e que destina recursos diretamente para a Amazônia brasileira. O Brasil tem 18 meses para detalhar como os recursos serão aplicados e desenvolver o plano de implementação dos projetos.