O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, anunciou nesta segunda-feira (3) que o Reino Unido está pronto para enviar "tropas no solo e aviões no ar" como parte das garantias de paz exigidas pelo líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky.
O primeiro-ministro discursou na Câmara dos Comuns pela primeira vez após seu encontro com o presidente dos EUA, Donald Trump, na semana passada em Washington, e com outros líderes europeus em uma cúpula em Londres para discutir a crise ucraniana, no domingo.
"Papel de liderança"
Starmer afirmou que Londres desempenhará um "papel de liderança" em apoio a um acordo de paz duradouro na Ucrânia. Ao mesmo tempo, ele acrescentou que tais decisões seriam tomadas na Câmara dos Comuns.
Afirmando que não considera qualquer decisão que envolva o envio de tropas como "algo leve", ele destacou que tem "um forte sentimento" de que o futuro da Ucrânia é essencial para a segurança nacional da Grã-Bretanha.
"O Reino Unido liderará a frente pela segurança de nosso continente, de nosso país", destacou Starmer, classificando a Rússia como "uma ameaça".
Aparentemente em alusão às palavras de Donald Trump de que a Europa deveria cuidar de sua própria segurança, o primeiro-ministro admitiu que é "correto que a Europa trabalhe duro para apoiar a paz" no continente, mas insistiu que "para ser bem-sucedido, esse esforço também deve ter forte apoio dos Estados Unidos".
"EUA são vitais para garantir a paz"
Starmer indicou que Londres precisa fortalecer seu relacionamento com Washington em termos de segurança, tecnologia, comércio e investimento, e que "nunca escolherá entre os dois lados do Atlântico".
Ele também mencionou a tensa reunião entre Zelenski e Trump, descrevendo-a como "algo que ninguém nesta Casa [dos Comuns] quer ver".
"De fato, se a semana passada demonstrou alguma coisa, é que [...] com total clareza os EUA são vitais para garantir a paz que todos nós queremos ver na Ucrânia", concluiu.