Lavrov: Na Ucrânia há militares ocidentais, incluindo britânicos e franceses

Não apenas mercenários norte-americanos, mas também militares do Reino Unido e da França estão presentes na Ucrânia, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, nesta sexta-feira, durante um discurso no Fórum Diplomático de Antalya.

"O regime [da Ucrânia] é completamente subordinado aos norte-americanos, que antes do golpe de Estado sentavam-se lá nos ministérios em centenas, assim como agora têm, supostamente, seus mercenários", disse. Lavrov também afirmou que, no país, estão presentes também "oficiais de estado-maior britânicos e franceses".

Nesta semana, a porta-voz do Ministerio das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, também observou que "os militares de vários países da OTAN estão na Ucrânia há muito tempo e ajudam ativamente as Forças Armadas ucranianas".

As declarações dos representantes da Chancelaria russa ocorrem em meio às tensões causadas pelo presidente francês, Emmanuel Macron, que nesta semana disse que "não tem que descartar" o possível envio de tropas ocidentais para a Ucrânia.

A primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, por sua vez, concordou com o mandatário francês, dizendo que "todas as opções" deveriam ser consideradas quando se trata da ajuda do Ocidente a Kiev. Entretanto, uma dezena de países rejeitaram essa iniciativa, incluindo Alemanha, Espanha, Itália, Grécia, Eslováquia e outros.

O jornal britânico Financial Times informou, citando um oficial de Defesa europeu, que os comentários de Macron tinham a intenção de criar "dissuasão e ambiguidade" em relação à Rússia, já que as forças especiais do Ocidente já estão presentes no território ucraniano.