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Chefe da OTAN implora para que Zelensky faça as pazes com Trump

Mark Rutte alertou Zelensky sobre a importância do apoio dos EUA e relembrou a ajuda militar de Trump a Kiev.
Chefe da OTAN implora para que Zelensky faça as pazes com TrumpGettyimages.ru / P van Katwijk

O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, pediu ao líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, que melhorasse as relações com o presidente dos EUA, Donald Trump, após uma discussão acalorada na Casa Branca, informou recentemente a agência Reuters.

"Eu disse: acho que você tem que encontrar uma maneira, caro Vladimir, de restaurar seu relacionamento com Donald Trump e o governo norte-americano. Isso é importante daqui para frente", afirmou Rutte em entrevista à BBC na sexta-feira (28/02), comentando o recente encontro entre Zelensky e o presidente dos EUA.

O chefe da OTAN destacou a importância de reconhecer o apoio dos EUA, que continuam sendo o maior doador para Kiev.

"Realmente temos que dar crédito a Trump pelo que ele fez na época, pelo que os Estados Unidos fizeram desde então e também pelo que ainda estão fazendo", enfatizou.

Ele lembrou Zelensky do apoio fornecido pelo governo Trump, especialmente o envio de armas antitanque Javelin em 2019. Sem esses armamentos, "a Ucrânia não teria chegado a lugar algum", disse Rutte.

Reunião "infeliz"

O encontro entre Trump e Zelensky na sexta-feira (28/02), que Rutte definiu como "infeliz", foi originalmente marcado para finalizar um acordo sobre minerais, mas rapidamente se transformou em uma discussão tensa.

Durante a reunião, o líder do regime de Kiev afirmou que Washington deveria aumentar seu apoio a Kiev, em vez de se posicionar como um mediador neutro.

Trump criticou Zelensky pelo que considerou "falta de gratidão" pela assistência americana e falta de disposição para fazer concessões para resolver o conflito com a Rússia.

O confronto levou à suspensão dos eventos do dia e à expulsão de Zelensky da Casa Branca.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, classificou o encontro como um "fiasco", com Trump dizendo a Zelensky para voltar quando estivesse "pronto para buscar a paz".