Notícias

Brasil sobre Governo Netanyahu: "Ação militar em Gaza não tem limites éticos nem legais"

Chancelaria brasileira emitiu um comunicado repudiando os recentes ataques do exército israelense contra civis que esperavam ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Brasil sobre Governo Netanyahu: "Ação militar em Gaza não tem limites éticos nem legais"Legion-media.ru / Lou Avers

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil condenou os recentes ataques do exército israelense contra civis que aguardavam na Faixa de Gaza a entrega de ajuda humanitária e afirmou que a "ação militar" do governo de Benjamin Netanyahu "não tem limites éticos ou legais".

"O governo Netanyahu volta a mostrar, por ações e declarações, que a ação militar em Gaza não tem qualquer limite ético ou legal. E cabe à comunidade internacional dar um basta para, somente assim, evitar novas atrocidades. A cada dia de hesitação, mais inocentes morrerão", manifestou o Itamaraty através de um comunicado.

"A humanidade está falhando com os civis de Gaza"

"A humanidade está falhando com os civis de Gaza. E é hora de evitar novos massacres", complementa a nota.

Lula da Silva é um dos líderes mundiais que mais manifesta contrariedade à operação israelense em Gaza, que já deixaram mais de 30.000 civis palestinos mortos, dentre os quais incluem-se 12.000 crianças.

Brasília e Tel Aviv protagonizam uma crise diplomática desde que o mandatário comparou as vítimas palestinas aos crimes de perpetrados por Adolf Hitler contra os judeus durante o Holocausto.

O comunicado de seu Governo lamenta também "a inação da comunidade internacional diante dessa tragédia humanitária", que serve como um "velado incentivo para que o governo Netanyahu continue a atingir civis inocentes e a ignorar regras básicas do direito humanitário internacional".

 Declarações cínicas e ofensivas às vítimas do incidente, feitas horas depois por alta autoridade do governo Netanyahu, devem ser a gota d’água para qualquer um que realmente acredite no valor da vida humana.

Ambos os governos chamaram seus respectivos embaixadores para consultas, enquanto Brasília denunciou uma campanha de "mentiras" e expressões "desrespeitosas" contra Lula, já que ele foi acusado de antissemitismo por perfis de órgãos do governo de Netanyahu.