
Soldados israelenses fuzilam criança palestina pelas costas

Uma criança palestina de 12 anos foi morta pelas costas por soldados das Forças de Defesa de Israel (IDF) na cidade de Hebron, na Cisjordânia. As imagens do assassinato, ocorrido em 21 de fevereiro, começaram a circular recentemente nas redes sociais.
Ayman Nasser al Haymouny e seu irmão acompanhavam a mãe em uma visita ao avô e aos tios, que moram em Jabal Jawhar, uma área sob ocupação das tropas israelenses próxima à Tumba dos Patriarcas, local sagrado para muçulmanos, judeus e cristãos, onde, segundo a tradição, Abraão e sua família bíblica estão enterrados, relata o jornal britânico The Guardian.
CCTV footage captures the moment Israeli occupation forces shoot and kill 11-year-old Palestinian child Ayman Al-Haimouni in Al-Ksara area in Hebron yesterday. pic.twitter.com/DI5f2vVXXc
— Quds News Network (@QudsNen) February 22, 2025
Naquele dia, colonos israelenses foram ao local para orações, enquanto soldados israelenses intensificaram patrulhas nos bairros palestinos vizinhos.
À tarde, Al Haymouny e sua família ouviram um disparo na rua e saíram da casa onde estavam. Um pequeno grupo de pessoas se reuniu no local, mas foi surpreendido por outro tiro e correu para se proteger.
O menino tentou chegar à casa do tio e saiu do campo de visão das câmeras de segurança. Pouco depois, um novo disparo foi ouvido no beco, e acredita-se que tenha sido o tiro que o atingiu, segundo testemunhas.

As imagens das câmeras de vigilância mostram três soldados avançando pelo beco com armas apontadas, um deles com uma lanterna acesa. Ao chegarem ao local, viram a criança caída no chão e deixaram a área calmamente. O menino foi levado a um hospital próximo, mas não resistiu aos ferimentos.
Sem responsabilização
Desde o início do ano, ao menos 16 crianças palestinas foram mortas na Cisjordânia, apesar de "não representarem uma ameaça real aos soldados", informou a organização Defence for Children International.
"O fracasso em responsabilizar os soldados israelenses por suas violações contra os palestinos efetivamente lhes deu sinal verde para continuar com suas ações", afirmou Ayed Abu Eqtaish, diretor do programa de responsabilização da entidade.
