
Neste domingo, Europa decidiu 'ir à guerra ao invés de optar pela paz', lamenta Orbán

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, afirmou, através da plataforma X, que durante a cúpula europeia realizada em Londres neste domingo, os líderes do Velho Continente decidiram "que preferem ir à guerra em vez de buscar a paz".
European leaders decided in London today that they want to go on with the war instead of opting for peace. They decided that Ukraine must continue the war.This is bad, dangerous and mistaken. Hungary remains on the side of peace. Ceterum censeo.
— Orbán Viktor (@PM_ViktorOrban) March 2, 2025
''Eles decidiram que a Ucrânia deve continuar a guerra. Isso é ruim, perigoso e equivocado. A Hungria permanece do lado da paz'', conclui o líder na publicação.
Quais foram os resultados da cúpula?
Neste domingo, líderes europeus se reuniram em Londres para tratar da crise ucraniana, à luz das crescentes tensões entre Washington e Kiev, que eclodiram após uma intensa discussão entre Vladimir Zelensky e Donald Trump.
Em declarações à imprensa francesa, o presidente da França, Emmanuel Macron, que participou do evento, criticou o plano de cessar-fogo que está sendo negociado por Washington e Moscou, afirmando que o mesmo deixaria a Ucrânia humilhada e desmilitarizada.
Ele propôs como alternativa um plano elaborado conjuntamente por ele e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, que prevê uma "trégua no ar, nos mares e na infraestrutura energética" com a duração de um mês.

Quando perguntado sobre a muito discutida implantação de tropas de paz europeias na Ucrânia, Macron respondeu que isso aconteceria na fase posterior. "Não haverá tropas europeias em solo ucraniano nas próximas semanas", afirmou.
Sergey Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, por sua vez, declarou, neste domingo, que o plano de estabelecer forças europeias de paz na Ucrânia é uma ''incitação'' contra Moscou.
Em janeiro passado, Rodion Miroshnik, enviado especial da Chancelaria russa sobre os crimes do regime de Kiev, declarou que qualquer força de paz estrangeira na Ucrânia será um alvo militar legítimo se sua implantação não for aprovada pela Rússia.
- A cúpula contou com a presença de líderes do Reino Unido, França, Alemanha, Dinamarca, Itália, Holanda, Noruega, Polônia, Espanha, Turquia, Finlândia, Suécia, República Tcheca e Romênia, além do secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, e dos presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, Ursula von der Leyen e António Costa, respectivamente.