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WSJ: EUA ameaçaram o México com ação militar se o país não cumprir exigências de Trump
O aviso do chefe do Pentágono teria sido feito durante uma conversa telefônica particular com autoridades mexicanas em 31 de janeiro.
O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, advertiu que as forças armadas norte-americanas estão preparadas para tomar medidas unilaterais dentro do México se o país não lidar com os casos de conluio entre o governo e os cartéis de drogas, informa o The Wall Street Journal, citando autoridades mexicanas.
De acordo com o jornal, a advertência do chefe do Pentágono teria sido feita durante uma ligação telefônica particular com autoridades mexicanas de alto escalão em 31 de janeiro.
O jornal também afirma que as autoridades mexicanas que participaram da ligação ficaram "surpresas e furiosas", pois interpretaram as palavras de Hegseth como uma ameaça de que Washington poderia tomar medidas militares no território do país latino-americano.
''Todas as opções estão sobre a mesa''
Anteriormente, Hegseth sugeriu que Washington poderia lançar ataques militares contra os cartéis mexicanos dentro das fronteiras do país vizinho.
À época, o chefe do Pentágono enfatizou que sua "prioridade máxima" é "proteger a fronteira sul" para "proteger os EUA e seus cidadãos".
A advertência de Hegseth foi feita depois que o presidente Donald Trump designou os cartéis mexicanos como organizações terroristas estrangeiras e um dia antes de assinar uma ordem executiva para impor tarifas de 25% sobre as importações do México. Nesse último caso, os EUA exigiram que o país latino-americano "cooperasse na luta contra as drogas" e acusaram o governo mexicano de ter uma aliança com os cartéis.
A medida foi suspensa dois dias depois, após a obtenção de uma série de compromissos com o México para proteger a fronteira e coibir o tráfico de drogas e armas, mas está programada para entrar em vigor em 4 de março, apesar das tentativas do México de evitá-la.
Por sua vez, os EUA argumentaram que o México não fez o suficiente para processar os traficantes de drogas.
Nesse sentido, o governo dos EUA classificou cinco cartéis mexicanos como "terroristas". Isso permitiria que Washington não apenas impusesse sanções unilaterais a indivíduos ou entidades relacionadas a essas organizações, mas também realizasse operações em seus territórios ou impusesse medidas coercitivas a funcionários do governo.