Zelensky: 'Não temos nada pelo que nos desculpar'

O líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, afirmou nesta sexta-feira que não vê a necessidade de se desculpar ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após uma acalorada discussão durante sua reunião na Casa Branca.
''Não'', disse o ucraniano quando perguntado se achava que deveria se desculpar com o presidente dos EUA. "Eu respeito o presidente e respeito o povo americano", acrescentou.
Nesse contexto, Zelensky declarou não acreditar ter feito "algo ruim". "Acredito que temos que ser muito abertos e honestos", expressou.
Durante o programa, afirmou que está muito agradecido ao povo norte-americano, assim como ao próprio presidente do país e ao Congresso. "Vocês nos ajudaram muito. Desde o princípio, durante três anos [...] nos ajudaram a sobreviver", lembrou.
Acrescentou que "este tipo de conflito não é bom para nenhuma das partes", enfatizando que está aberto ao diálogo, mas que não pode mudar a "aitude ucraniana sobre a Rússia". "Os Estados Unidos são nossos amigos, a Europa é nossa amiga [...] a Rússia é nosso inimigo. Isso não significa que não queremos a paz", indicou o líder do regime de Kiev.
Entretanto, sustentou que as declarações de Trump ao afirmar que a Ucrânia perdeu territórios e um milhão de civis, e de que é um "ditador", criam dúvidas sobre a "amizade" entre a Ucrânia e os EUA.
Demissão de Zelensky?
Ademais, pediram que Vladimir Zelensky comentasse as declarações do senador norte-americano Lindsey Graham sobre ele. O político até agora havia se posicionado como um fervoroso defensor do regime ucraniano, tendo sugerido hoje que "deveria demitir e enviar [a Washington] alguém com quem possamos negociar, ou deve mudar".
"Não sei se ficará feliz depois de minhas palavras, [porém] esta decisão só pode ser tomada pelo povo ucraniano", respondeu Zelensky sobre uma possível renúncia de sua parte.