
Kremlin: o regime de Kiev não tem 'nada de sagrado'

O regime de Kiev não tem "nada de sagrado", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, ao comentar a tentativa de assassinato do metropolita ortodoxo russo da Crimeia, Tikhon, que estava sendo preparada pela inteligência militar ucraniana em dezembro de 2024.
O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, na sigla em russo) anunciou nesta sexta-feira (28) que frustrou um atentado terrorista em Moscou contra o metropolita Tikhon.
"Está claro que o regime de Kiev não se esquiva de nada. Nesse caso não considera nada sagrado. Isso é confirmado mais uma vez. É tudo o que podemos dizer", declarou Peskov aos repórteres.
De acordo com o FSB, o assassinato do líder religioso seria executado por dois homens que receberam um artefato explosivo em um esconderijo em dezembro de 2024. O explosivo teria sido entregue a eles por integrantes da Diretoria Principal de Inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia.
🚨El FSB impidió un ataque terrorista en Moscú contra el metropolitano ortodoxo ruso de Crimea Tíjon, que estaba siendo preparado por la inteligencia militar ucraniana https://t.co/lPAGneLtCgpic.twitter.com/ApvLrmmUDs
— RT en Español (@ActualidadRT) February 28, 2025
Após o ataque, os suspeitos planejavam fugir da Rússia com passaportes falsos. Os dois foram presos e confessaram participação no crime.
Os detidos, um russo e um ucraniano, portavam uma bomba caseira e passaportes ucranianos com dados adulterados. Um deles afirmou que os serviços secretos ucranianos ameaçaram matar seus familiares caso ele se recusasse a participar do atentado.

O FSB identificou os suspeitos como Denis Popovich, assistente do líder religioso, e Nikita Ivankovich, um clérigo da Igreja da Ressurreição de Cristo, localizada no distrito de Sokolniki, em Moscou.
O planejamento
O ataque contra o metropolita ocorreria durante sua estadia no mosteiro Sretensky, no centro de Moscou. Segundo as investigações, Popovich pretendia levar o artefato explosivo até o local.
Durante a preparação do atentado, Popovich teria acessado ilegalmente a conta do líder religioso no Telegram para monitorar suas mensagens e obter informações sobre suas viagens pela Rússia.
Ainda segundo o FSB, os dois suspeitos enviavam dinheiro para as Forças Armadas da Ucrânia desde meados de 2022. Os contatos telefônicos dos envolvidos incluíam uma funcionária do serviço de fronteira da Ucrânia e um integrante do serviço de imprensa das Forças Armadas ucranianas.
As autoridades abriram um processo criminal contra os suspeitos pelos crimes de planejamento de atentado terrorista e tráfico ilegal de explosivos por uma organização criminosa.