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'Desperdício e abuso': subsídios de Biden para energia alternativa estão sob investigação

"Parece que estamos no Titanic e estamos jogando barras de ouro ao mar", comparou um funcionário da Agência de Proteção Ambiental.
'Desperdício e abuso': subsídios de Biden para energia alternativa estão sob investigaçãoAP / Manuel Balce Ceneta / Getty Images / Scott Olson

O FBI (Federal Bureau of Investigation) dos Estados Unidos interrogou nesta semana integrantes da Agência de Proteção Ambiental (EPA) como parte de uma investigação sobre os subsídios concedidos pelo ex-presidente Joe Biden para projetos climáticos, informou o jornal Washington Post na quinta-feira (27).

A investigação envolve US$ 20 bilhões em subsídios do Fundo de Redução de Gases de Efeito Estufa, um programa criado pela lei climática de Biden em 2022. O fundo busca mobilizar dinheiro público e privado para investir em tecnologias de energia limpa, como painéis solares e bombas de calor, explica o Washington Post.

A nova liderança da EPA alega que os recursos foram distribuídos sem a devida supervisão e agora tenta reaver o montante.

De acordo com duas fontes familiarizadas com o assunto, a investigação levou à demissão, na semana passada, da promotora Denise Cheung.

Na carta de demissão, ela afirmou que foi forçada a deixar o cargo porque se recusou a congelar os fundos do programa no Citibank, alegando que "a quantidade de evidências não justifica tal ação".

Por outro lado, Lee Zeldin, porta-voz da EPA, declarou que o governo Biden concedeu os recursos "às pressas e com pouca supervisão".

"Quando soubemos do plano do governo Biden de transferir rapidamente US$ 20 bilhões para fora da agência, suspeitamos que algumas organizações foram criadas do nada apenas para se beneficiar desse dinheiro", afirmou.

"À medida que descobrimos mais detalhes sobre o destino desses recursos, a extensão e a aceitação generalizada desse desperdício e abuso se tornam ainda mais evidentes", acrescentou o porta-voz.

O chefe da EPA também mencionou um vídeo gravado secretamente, no qual um funcionário da agência afirma que a administração anterior estava "tentando retirar o dinheiro o mais rápido possível antes que eles entrassem e acabassem com tudo".

Ele comparou a situação ao naufrágio do Titanic: "Realmente parece que estamos no Titanic e estamos jogando barras de ouro ao mar".