O Departamento de Justiça dos EUA tornou público uma parte dos documentos referentes ao caso Jeffrey Epstein, envolvendo em sua maioria passagens aéreas, registros telefônicos, e outros materiais ligados a rede de associados do criminoso em seu esquema de tráfico sexual.
O público norte-americano esperava novas provas das ligações do infame pedófilo com políticos e empresários poderosos, mas os nomes dos arquivos revelados, incluindo registros de voos para as propriedades de Epstein e sua famosa ''lista'', já haviam sido divulgados por vazamentos anteriores.
Os materiais contêm dezenas de páginas da agenda telefônica de Epstein, incluindo uma lista de contatos sem contexto e com endereços que foram apagados antes da divulgação. Outro documento intitulado 'Masseurs' (Massagistas) consiste em uma lista de 254 pessoas, cujas informações foram completamente censuradas para ''proteger vítimas em potencial''.
Outro documento exibe uma lista de provas com registros de mais de 150 itens, incluindo imagens de mulheres nuas, mesas de massagem e brinquedos sexuais.
Os arquivos foram chamados de "Os Arquivos Epstein: Fase 1". O Departamento não esclareceu se haverão novas fases ou possíveis datas. O órgão também não comentou se o nome de mais figuras influentes estão envolvidas com o caso.
"A primeira fase de arquivos divulgada hoje joga luz sobre a extensiva rede comandada por Epstein", disse a procuradora-geral Pam Bondi. "O Departamento de Justiça está dando seguimento ao compromisso do presidente Trump à transparência e revelando as ações nojetas de Jeffrey Epstein e seus co-conspiradores", prosseguiu.
O FBI foi acusado de segurar documentos do caso, e sofre pressão de Bondi para promover acesso ao material. A procuradora solicitou que os arquivos restantes devem ser entregues até a manhã desta sexta-feira.
"Não terão mais encobrimentos, sem documentos desaparecidos, e sem deixar pedra sobre pedra - e qualquer membro da administração presente ou anterior do FBI que sabotar isso será rapidamente perseguido", disse o diretor do FBI, Kash Patel nesta quinta-feira, após a solicitação de Bondi.